Apesar de a Política Nacional de Resíduos Sólidos estar em vigor desde o
final de 2010, ela ainda não está produzindo efeitos práticos na destinação do
lixo gerado no País. Essa é a principal conclusão do levantamento anual da
Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais
(Abrelpe).
Em 2011, das 55,5 milhões de toneladas de resíduos coletadas no ano,
58,06% (32,2 milhões) foram destinadas corretamente - em aterros sanitários. O
restante (23,3 milhões) segue indo para lixões e aterros controlados, que não
têm tratamento de chorume ou controle dos gases de efeito estufa produzidos em
sua decomposição.
Em relação a 2010, houve uma melhora de meio ponto porcentual na
destinação correta dos resíduos, mas, como os brasileiros aumentaram sua
geração de lixo em 1,8% em relação ao ano anterior, na prática, 2011 observou
um aumento na quantidade de resíduos jogados em lixões e afins. A geração per
capita média do País foi de 381,6 quilos por ano, 0,8% superior ao do ano
anterior.
Dos 5.565 municípios, 60,5% deram destino inadequado a mais de 74 mil
toneladas de resíduos por dia. Em todo o País, mais de 6,4 milhões de toneladas
sequer foram coletadas no ano, indo parar em terenos baldios, córregos etc.
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