Enquanto este ano de 2012 caminha
para um novo possível recorde histórico de calor, o Met Office, centro de
previsão do tempo e clima do Reino Unido, divulgou um belo gráfico sobre o
estado da competição até agora. O gráfico acima exibe de forma bem clara a
tendência de aquecimento das últimas décadas. Ele lista os anos desde 1850, em
ordem de calor. A referência é quantos graus Celsius cada ano está acima ou
abaixo da média de 1961 a 1990. A lista completa de todos os anos está no
quadro pequeno, no canto superior direito. O quadro maior é uma visão
aproximada dos anos campeões de calor. Os anos entre 2000 e 2010 (em vermelho)
dominam o ranking. Seguidos pelos anos entre 1990 e 1999 (em laranja). Os anos
anteriores a 1910 ficaram quase todos para trás.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Padrão de qualidade do ar do país é contestado. Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema) fez um estudo comparando padrões de medida de poluição do Brasil, dos Estados Unidos e da União Europeia
A informação de que a qualidade do ar de uma determinada região de São Paulo está boa pode não necessariamente ser verdade. É o que sugere uma análise do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), que fez um estudo comparando padrões de medida de poluição do Brasil, dos Estados Unidos e da União Europeia.
O trabalho mostrou que os padrões brasileiros estão desatualizados em relação ao que praticam os países europeus e ainda muito aquém do que recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo os pesquisadores, os limites máximos de concentração de poluentes na atmosfera permitidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) precisam de uma revisão urgente, pois não refletem os avanços científicos sobre os efeitos que provocam sobre a saúde humana. Eles destacam os padrões em relação às emissões de dióxido de enxofre (SO2), dióxido de nitrogênio (NO2) e material particulado 10 (MP 10). Esses gases são emissões de carros.
Este último, por exemplo, de acordo com o Padrão Nacional de Qualidade do Ar, tem como limite a emissão anual de 50 microgramas/metro cúbico. A última diretriz publicada pela OMS fala, porém, que o ideal seria no máximo 20 microgramas/m³. Essa diferença pode gerar uma falsa sensação de que uma cidade como São Paulo está dentro do aceitável.
"Se olharmos só os padrões em vigor no país, poderíamos afirmar que, como os dados de monitoramento indicam concentrações inferiores ao limite, a poluição atmosférica provocada pelo material particulado não é grave na Região Metropolitana de São Paulo. Porém, se tomarmos como referência as recomendações da OMS, o quadro muda totalmente", diz a advogada Kamyla Borges da Cunha, do Iema.
O trabalho questiona ainda a ausência de limites no padrão nacional para o material particulado mais fino, de 2,5 micra (milésimo de milímetro), ou MP 2,5. A OMS recomendou que ele seja monitorado após estudos mostrarem que ele é mais perigoso para a saúde humana. No Brasil, ele ainda não foi regulado.
O padrão nacional foi regulamentado pelo Conama em 1990, mas tendo como referência os adotados pelos EUA na década de 70. Só que, de lá para cá, o conhecimento científico avançou ao mostrar que uma menor concentração de poluentes pode ser nociva. Naquele país, a agência de proteção ao ambiente (EPA) ainda adota valores semelhantes, mas ao menos o Estado da Califórnia já se alinhou com o que sugere a OMS.A União Europeia adota padrões mais baixos que os nossos.
No Brasil, o Conama iniciou uma revisão dos números, mas a proposta ainda está sendo avaliada pelo Ministério do Meio Ambiente. No Estado de São Paulo, a Cetesb também elaborou uma nova tabela de padrões de qualidade a fim de atender a recomendação da OMS em três etapas. O projeto, porém, aguarda análise do governo.
Na prática, se os padrões forem atualizados, vai aumentar o número de regiões do país em situação de desconformidade - o que deve levar o Poder Público a tornar mais restritivos os limites de emissões de poluentes para fontes industriais e de veículos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Brasil tem potencial para aumentar geração de energia eólica
De acordo com o presidente, o potencial brasileiro de produção de energia eólica está subestimado
O Brasil tem potencial para
dobrar a geração de energia eólica, na avaliação do presidente da Empresa de
Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Atualmente, o país ocupa o 20º
lugar com capacidade instalada de geração de energia a partir da força dos
ventos. Em 2013, o Brasil disputará o quarto lugar com a Alemanha, segundo
Tolmasquim.
“Temos geradores com 100 metros
de altura. Com alturas maiores, o vento é melhor, pode ser que esse potencial
seja o dobro, 300 mil megawatts, ou seja, o que equivale à geração de 20
[hidrelétricas] Itaipus,” disse em palestra na Câmara de Comércio Americana, no
centro da capital fluminense.
De acordo com o presidente, o
potencial brasileiro de produção de energia eólica está subestimado.
“Sabemos que está subestimado, o
quanto ainda não sabemos. É provavelmente significativamente maior”, disse, ao
explicar que a EPE divulgará uma nova estimativa a partir de medições de todos
os parques eólicos.
Tolmasquim acrescentou que, até
2017, o país vai deixar de importar derivados de petróleo e passará a ser
exportador. Ele citou uma série de novas refinarias no país, como as do
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que vão elevar a capacidade
de refino para 3,3 milhões de barris por dia. “É um aumento de 63% da
capacidade de refino em dez anos.”
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Carros terão de consumir 12% menos gasolina
Os
consumidores poderão ter economia de R$ 1.150 com gasolina, em média, por ano,
caso as metas de eficiência energética sejam alcançadas por montadoras. As
metas estão previstas no Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e
Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto),
regulamentado nesta quinta-feira (4) pelo governo.
Para que esta
redução de gastos com gasolina seja possível, os veículos vendidos a partir de
2017 terão que consumir 12% a menos do que ocorre atualmente. Para adotar este
objetivo, as montadoras vão receber incentivo com redução do Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI).
“Apesar de
prevista para daqui a cinco anos, esta meta será exigida das fabricantes como
condição de habilitação ao novo regime automotivo”, informou o Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
De acordo com
o ministério, “as montadoras que desejarem integrar o novo regime automotivo e
se credenciar para obter o benefício tributário terão assumir o compromisso de
produzir e comercializar veículos mais econômicos”.
De acordo com
o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando
Pimentel, o objetivo é que o consumo médio de gasolina aumente dos atuais 14
quilômetros por litro para 17,26 quilômetros por litro. No caso do etanol, o
consumo médio atual é 9,71 quilômetros por litro e deve chegar a 11,96
quilômetros por litro.
A economia de
consumo de combustível para o consumidor equivale a três quartos do IPVA pago
por um carro médio no país. “Há ganho efetivo para o consumidor”, enfatizou o
ministro.
O novo regime
automotivo prevê o investimento das montadoras em tecnologias mais modernas de
produção, com motores mais eficientes, menos poluentes e com peças mais leves.
O governo quer também estimular a fabricação de veículos mais seguros,
equipados com controle de estabilidade para evitar capotamentos e com sistemas
de prevenção de acidentes por meio de alerta de colisão iminente.
O Inovar-Auto
também prevê incentivo para as empresas que não produzem, mas vendem os
veículos no país. Para serem beneficiadas, estas montadoras terão que assumir o
compromisso de importar veículos mais econômicos. A exigência de que realizem
pesquisa e desenvolvimento, gastar com engenharia e tecnologia industrial
básica de capacitação de fornecedores no Brasil.
Serão
obrigadas a aderir ao Programa de Etiquetagem Veicular do Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A etiqueta classifica os veículos
de acordo com a eficiência energética na comparação com modelos do mesmo
segmento. Até 2017, todos os veículos produzidos no país deverão receber a
etiqueta.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Os lixões e a comunicação ambiental no Brasil
Segundo
informações da internet e outros meios de comunicação (rádio/televisão), os
lixões serão desativados no ano de 2014. Essa notícia é ótima e impactante,
porém não foi divulgada ou popularizada para o cidadão brasileiro com deveria,
o que dificulta a discussão sobre a problemática socioambiental disseminada
pelo mundo.
Apesar da
gravidade dos problemas gerados pelos lixões no Brasil (desmatamentos de áreas
verdes, poluição da água, disseminação de doenças como a diarreia etc),
vislumbro várias oportunidades educativas (distribuir jornais, revistas,
folders e outros materiais didáticos) para serem democratizados nas escolas,
nos mercados, nos hospitais e em outros espaços de convivência humana. Esse
intuito de reeducação ambiental privilegia o cidadão que, de fato, precisa
sentir-se apoiado e mobilizado a preservar a natureza de várias formas, a fim
de valorizar a sustentabilidade social e ambiental, ou seja, agir contra a
exclusão social entre as pessoas e outros que menosprezam direitos e deveres
humanos.
Espero que os
governantes brasileiros reflitam sobre nesta seguinte preocupação: de que forma
o cidadão poderá ter acesso às informações educativas para compreender o
processo de separação, coleta e reciclagem do lixo? Quem estará divulgando os
programas de educação ambiental para ensinar os malefícios do lixo para sua vida
e de seu vizinho? De que modo ele poderá opinar e participar das soluções
educativas em sua cidade, bairro e região? Onde os especialistas da área
ambiental podem ser encontrados para abordar as consequências dos lixos e os
assuntos que envolvem a temática ambiental
nas escolas, nos lares, nos hospitais?Quais são as instituições
governamentais que dão palestras, cursos e outros voltados para as questões
referidas acima?
Levara-se mais
de duas décadas para os governos aprovarem a Lei da Política Nacional dos
Resíduos Sólidos (PNRS)no Brasil, a qual moraliza a inclusão de projetos
socioambientais (coleta seletiva do lixo nas empresas e outros) que ajudam a
diminuir os impactos dos lixões nas cidades brasileiras.Agora, é importante e
urgente que os governantes, os educadores e os profissionais diversos
(biólogos, geógrafos etc) se unam para enfrentar novos desafios sustentáveis,
por meio de trabalhos educativos (histórias, teatros, oficinas sobre a temática
do lixo) e políticas públicas que abordam a sustentabilidade no planeta.
Até quando
vamos nos deparar com os gritos e os pedidos de socorro da natureza e com o
silêncio de quem sabe realizar o trabalho especializado,responsável e
comprometido com as causas ambientais no planeta?
Espero que as
universidades, as faculdades, as empresas e as instituições governamentais –
Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério da Educação (MEC), a mídia
especializada e outros possam unir-se de forma articulada para solucionar os
problemas gerados pelo analfabetismo ambiental, o qual retrata o
desconhecimento dos problemas ambientais (poluição do lixo, da água, do ar etc)
que acontecem em suas cidades locais. Assim,
deve-se encontrar meios educativos e apropriados para mostrar a
sociedade a importância de ver, denunciar, reavaliar, educar, informar,
socializar e articular tudo que envolve bem-estar do homem e do meio ambiente.
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Mudanças climáticas podem matar 100 milhões de pessoas até 2030
Um relatório
encomendado por 20 países alerta que mais de cem milhões de pessoas poderão
morrer até 2030, caso as medidas de combate às mudanças climáticas sejam
suspensas. As principais causas estão atreladas ao aquecimento global.
O estudo ainda
diz que, atualmente, cinco milhões de pessoas morrem a cada ano devido à fome,
poluição do ar e outros problemas gerados pelos danos que a humanidade está
causando ao meio ambiente. No entanto, o número de vítimas até 2030 deverá
subir para seis milhões ao ano, se o uso dos combustíveis fósseis continuar
como tem sido hoje.
O documento,
encomendado pelo Fórum Clima Vulnerável e produzido pela organização
humanitária Dara, foi apresentado nesta quarta-feira (26), e também informa que
o crescimento da economia global vai diminuir em 3,2% o Produto Interno Bruto
(PIB) caso as ações contra as mudanças climáticas sejam suspensas.
Há dois anos,
200 países concordaram em reduzir as emissões de carbono para frear o
aquecimento do planeta, porém, especialistas acreditam que a queima de
combustíveis fósseis pode fazer com que o aumento da temperatura ultrapasse
2ºC até 2030, piorando as condições de
sobrevivência na Terra.
Naturalmente,
os países em desenvolvimento deverão apresentar o maior número de vítimas, pois
neles há maior concentração de empresas e parques industriais, além de
possuírem planos de planejamento ambiental menos efetivos. No entanto, as
nações mais pobres ficarão mais comprometidas ainda, já que enfrentam problemas
econômicos e socioambientais, como pobreza extrema, doenças, escassez de água e
fome. Nesses países, estima-se que o PIB apresente uma queda de 11% até 2030.
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