quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Botucatu lidera ranking de municípios verdes

Levantamento avalia o engajamento das cidades em áreas como tratamento de esgoto, lixo, recuperação de mata, arborização, educação ambiental, poluição e estrutura ambiental.

Botucatu, no interior paulista: cidade lidera ranking de município verde

O governo de São Paulo divulgou nesta terça-feira (18), pelo quarto ano consecutivo, o ranking ambiental dos municípios paulistas. O levantamento, que depende de adesão voluntária das prefeituras, avalia o engajamento das cidades no ano que passou em áreas como tratamento de esgoto, lixo, recuperação de mata ciliar, arborização urbana, educação ambiental, poluição do ar e estrutura ambiental, entre outras.
Neste ano, dos 645 municípios do Estado, 371 enviaram as informações. Botucatu foi a primeira colocada, com nota 97,26.

De acordo com Mauro Haddad, coordenador do Programa Município Verde Azul, que faz a avaliação, foi considerado o desempenho das cidades em torno de dez diretivas, num total de 76 ações. As informações são passadas pelas próprias prefeituras, mas depois a Secretaria de Meio Ambiente comprova os dados por amostragem de municípios, com visitação in loco.

Ele afirma que, apesar de a participação dos municípios ser voluntária, desde que o programa foi criado, em 2007, já foi possível elaborar uma série histórica de algumas dessas informações, o que permite fazer comparações. Em 2007, por exemplo, 45% dos municípios tratavam seu esgoto. Em 2012 já eram 55%. A meta do governo é chegar a 2020 com 100%.

Também houve melhora em áreas como a estrutura ambiental. "Quando começou, só 182 municípios tinham uma secretaria ou algum órgão voltado especificamente para os assuntos ambientais. Neste ano chegaram a 567, o que mostra que o assunto está ganhando atenção", diz.

A ideia de criar o programa foi incentivar os municípios a lidar com os problemas ambientais. Os que tiram nota maior que 80 recebem um certificado. o que confere prioridade na captação de recursos. Os 50 mais bem colocados recebem também equipamentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Reciclagem de lata atinge índice recorde no Brasil



O índice de reciclagem da lata de alumínio para bebidas, anunciado no dia 30 de outubro), é o mais alto da história da embalagem no país e no mundo. Em entrevista concedida pela internet, a Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade) e a Abal (Associação Brasileira do Alumínio) anunciaram que em 2011 foram recicladas 250 mil toneladas de latinhas, o que equivale a 98,3% do total de latas produzidas no Brasil.

Desde 2001, o Brasil lidera o ranking mundial de reciclagem de latas de alumínio. O recorde anterior registrado no país era de 2009, quando 98,2% das embalagens foram reaproveitadas. "O índice vem se mantendo nesta faixa, o que demonstra que o sistema utilizado é estável, gera renda, emprego e serve de modelo para que outros materiais também atinjam níveis aceitáveis de reciclagem", avaliou Renault Castro, diretor executivo da Abralatas. Em 2011, segundo os dados apresentados nesta terça, foram injetados na coleta de latas cerca de R$ 645 milhões, o que equivale a 1,2 milhão de salários mínimos. Em termos de economia de energia, a reciclagem representou 3.780 GWh/ano, o que seria suficiente para atender a demanda anual residencial de 6,5 milhões de brasileiros (2 milhões de residências).

A quantidade reciclada – 250 mil toneladas – representam 350 mil metros cúbicos de alumínio prensado, o equivalente a 30 edifícios de 10 andares. O processo de reciclagem de alumínio libera apenas 5% das emissões de gás de efeito estufa, quando comparado com a produção de alumínio primário. Para cada quilo de alumínio reciclado, evita-se a extração de cinco quilos de bauxita (minério que gera o alumínio).

"Infelizmente, apesar destes números, a lata não tem o mesmo tratamento tributário que outras embalagens", criticou Renault Castro. "Não queremos vantagem, mas uma condição de competitividade mais justa para uma embalagem que se apresenta mais sustentável".

Fonte: http://www.progresso.com.br/caderno-a/brasil-mundo/reciclagem-de-lata-atinge-indice-recorde-no-brasil





quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Uma em cada três pessoas não tem ideia para onde vai o lixo, diz pesquisa



“Preço, durabilidade e marca são os atributos mais considerados. Questões sustentáveis ainda são deixadas de lado”. Esta é uma das conclusões da pesquisa sobre hábitos de consumo e descarte divulgada na semana passada pelo Programa Água Brasil, da Fundação Banco do Brasil, WWF Brasil e Agência Nacional de Águas (ANA), durante a ExpoCatadores 2012.

O estudo foi encomendado ao IBOPE, que realizou 2 mil entrevistas no ano de 2011 – a maior parte com pessoas da classe C (52%) e moradores de cidades com mais de 100 mil habitantes (54%).
O preço e a forma de pagamento são decisivos na hora das compras para 70% dos entrevistados. Um terço, porém, não considera se a embalagem é reciclável. Aspectos sociais ligados a trabalho infantil e escravo também não são pontos importantes para 38%.

O estudo também traçou tendências de consumo de alguns produtos para os próximos três anos. Sacolas plásticas e copos descartáveis estão no topo da lista dos que devem ser menos consumidos. Já a água engarrafada segue em sentido oposto e está sendo mais consumida por 31% dos entrevistados. Produtos de limpeza perfumados, que prejudicam a qualidade da água, também estão em curva ascendente.


Entre os materiais mais conhecidos como prejudiciais ao meio ambiente estão as pilhas e baterias, citadas por 65% dos entrevistados. Em segundo lugar, aparecem as lâmpadas fluorescentes (38%). Remédios  foram citados por apenas 22% e 4% não considera qualquer material perigoso. Entre os materiais que mais são separados para coleta nas casas brasileiras aparecem as latas, no topo com 75%, seguidas dos plásticos, que representam 68%.

A esmagadora maioria das pessoas, 84%, nunca ouviu falar da Política Nacional de Resíduos e uma em cada três pessoas não faz ideia para onde vai o lixo produzido em casa. Em contrapartida, o conhecimento sobre coleta seletiva é considerado alto – 71% das pessoas sabe o que significa. A maior parte das residências, porém, não conta com o sistema (64%).

Uma parcela significativa dos entrevistados que não têm o serviço de coleta (85%) estariam dispostos a separar material. O ponto negativo é que quase 10% das residências que contam com coleta seletiva ainda não separam nenhum material.