quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Uma em cada três pessoas não tem ideia para onde vai o lixo, diz pesquisa



“Preço, durabilidade e marca são os atributos mais considerados. Questões sustentáveis ainda são deixadas de lado”. Esta é uma das conclusões da pesquisa sobre hábitos de consumo e descarte divulgada na semana passada pelo Programa Água Brasil, da Fundação Banco do Brasil, WWF Brasil e Agência Nacional de Águas (ANA), durante a ExpoCatadores 2012.

O estudo foi encomendado ao IBOPE, que realizou 2 mil entrevistas no ano de 2011 – a maior parte com pessoas da classe C (52%) e moradores de cidades com mais de 100 mil habitantes (54%).
O preço e a forma de pagamento são decisivos na hora das compras para 70% dos entrevistados. Um terço, porém, não considera se a embalagem é reciclável. Aspectos sociais ligados a trabalho infantil e escravo também não são pontos importantes para 38%.

O estudo também traçou tendências de consumo de alguns produtos para os próximos três anos. Sacolas plásticas e copos descartáveis estão no topo da lista dos que devem ser menos consumidos. Já a água engarrafada segue em sentido oposto e está sendo mais consumida por 31% dos entrevistados. Produtos de limpeza perfumados, que prejudicam a qualidade da água, também estão em curva ascendente.


Entre os materiais mais conhecidos como prejudiciais ao meio ambiente estão as pilhas e baterias, citadas por 65% dos entrevistados. Em segundo lugar, aparecem as lâmpadas fluorescentes (38%). Remédios  foram citados por apenas 22% e 4% não considera qualquer material perigoso. Entre os materiais que mais são separados para coleta nas casas brasileiras aparecem as latas, no topo com 75%, seguidas dos plásticos, que representam 68%.

A esmagadora maioria das pessoas, 84%, nunca ouviu falar da Política Nacional de Resíduos e uma em cada três pessoas não faz ideia para onde vai o lixo produzido em casa. Em contrapartida, o conhecimento sobre coleta seletiva é considerado alto – 71% das pessoas sabe o que significa. A maior parte das residências, porém, não conta com o sistema (64%).

Uma parcela significativa dos entrevistados que não têm o serviço de coleta (85%) estariam dispostos a separar material. O ponto negativo é que quase 10% das residências que contam com coleta seletiva ainda não separam nenhum material.


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