O índice de reciclagem da lata de alumínio para bebidas, anunciado no dia 30 de outubro), é o mais alto da história da embalagem no país e no mundo. Em entrevista concedida pela internet, a Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade) e a Abal (Associação Brasileira do Alumínio) anunciaram que em 2011 foram recicladas 250 mil toneladas de latinhas, o que equivale a 98,3% do total de latas produzidas no Brasil.
Desde 2001, o Brasil lidera o ranking mundial de reciclagem de latas de alumínio. O recorde anterior registrado no país era de 2009, quando 98,2% das embalagens foram reaproveitadas. "O índice vem se mantendo nesta faixa, o que demonstra que o sistema utilizado é estável, gera renda, emprego e serve de modelo para que outros materiais também atinjam níveis aceitáveis de reciclagem", avaliou Renault Castro, diretor executivo da Abralatas. Em 2011, segundo os dados apresentados nesta terça, foram injetados na coleta de latas cerca de R$ 645 milhões, o que equivale a 1,2 milhão de salários mínimos. Em termos de economia de energia, a reciclagem representou 3.780 GWh/ano, o que seria suficiente para atender a demanda anual residencial de 6,5 milhões de brasileiros (2 milhões de residências).
A quantidade reciclada – 250 mil toneladas – representam 350 mil metros cúbicos de alumínio prensado, o equivalente a 30 edifícios de 10 andares. O processo de reciclagem de alumínio libera apenas 5% das emissões de gás de efeito estufa, quando comparado com a produção de alumínio primário. Para cada quilo de alumínio reciclado, evita-se a extração de cinco quilos de bauxita (minério que gera o alumínio).
"Infelizmente, apesar destes números, a lata não tem o mesmo tratamento tributário que outras embalagens", criticou Renault Castro. "Não queremos vantagem, mas uma condição de competitividade mais justa para uma embalagem que se apresenta mais sustentável".
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