quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Estudos indicam que 2012 foi um dos dez anos mais quentes já registrados

O ano passado foi o 10º mais quente desde que registros começaram a ser realizados, em 1880, com temperaturas médias globais 0,57º C acima daquelas registradas no século 20 informaram cientistas americanos da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês) nesta terça-feira (15). A agência espacial Nasa também apresentou dados nesta terça que mostram que 2012 está entre os dez anos com maiores temperaturas desde o início das medições.
O relatório divulgado pela NOAA aponta que as temperaturas mundiais estiveram acima da média pelo 36º ano seguido em 2012, com regiões do Hemisfério Norte registrando seu ano mais quente. Eventos climáticos extremos e a temperatura do planeta podem aumentar ainda mais devido às emissões industriais de carbono e outros gases causadores do efeito estufa, que aprisionam o calor na atmosfera.
Na última semana, a NOAA havia divulgado que a área continental dos Estados Unidos registrou em 2012 o ano mais quente da história. No entanto, em algumas regiões, incluindo partes do Alasca, o oeste do Canadá, o centro da Ásia e a Antártica ficaram mais frias.
Ainda assim, a temperatura média global nos primeiros anos do século 21 já supera a média global registrada em quase todo século 20 (exceto 1998).
Nasa também divulga resultados – De acordo com a agência espacial americana Nasa, 2012 foi o nono mais quente desde 1880, com temperatura média de 14,6 ºC – 0,6 ºC mais quente do que a média do século passado.
Os cientistas também enfatizam que, apesar das flutuações meteorológicas que podem ocorrer ao longo dos anos, o contínuo incremento da concentração de gases-estufa na atmosfera deverá “assegurar” um aumento ao longo prazo da temperatura global. “Cada ano que passará não necessariamente será mais quente que o anterior, no entanto, a década sucessiva deverá ser mais quente que a anterior”, explica a agência em um comunicado.
Segundo a Nasa, o nível de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera em 1880 era de 285 partes por milhão (ppm) – durante o segundo período da Revolução Industrial. Em 1960, a concentração de CO2 atmosférico era de 315 ppm. Já em 2012, a medição apontou 390 ppm.

Mapa divulgado pela Nasa mostra anomalias na temperatura global entre 2008 e 2012 (Foto: Divulgação/Nasa)

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